Kit contra a homofobia
Nesta quinta, 26, uma polêmica foi levantada: o Kit contra a homofobia, apelidado vulgarmente de "Kit Gay" seria uma forma de acabar com o preconceito ou de incentivar o homossexualismo?
Bem, antes de qualquer coisa, vamos entender do que é composto esse Kit. Trata-se de um conjunto de vídeos e guias de comportamento para os professores, a fim de que os mesmos saibam lidar com o público homossexual nas escolas. E, ao contrário do que ficou implícito, esses kits não seriam distribuídos aos alunos, individualmente, mas apresentados por meio dos professores, que exibiriam documentários e solicitariam tarefas inerentes, para atingir o objetivo do projeto, que é o de acabar com o preconceito contra tal público.
A princípio, esse Kit seria enviado a 6 mil escolas públicas do país.
O projeto nasceu em decorrência da discriminação e das práticas de bullying nas escolas, práticas essas que são bem mais intensas e constantes em se tratando do público homossexual. A elaboração, por não haver material necessário nem preparação dos professores da rede pública de ensino, ficou a cargo de entidades de direitos humanos e da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Três vídeos, supostamente pertecentes ao material do Kit, teriam vazado pela internet e tratariam de conteúdo adulto. Daí a polêmica gerada. A Presidenta Dilma Rousseff, então, mandou suspender a confecção do material, a fim de analisá-lo melhor e submetê-lo à apreciação da sociedade, inclusive a integrantes da Igreja Católica e Evangélicos.
Mesmo com a repercussão negativa do Kit, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura - UNESCO deu parecer favorável à disseminação do material, por acreditar que seu conteúdo pode, de fato, ajudar a exterminar a discriminação sexual que fere, inclusive, a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso X: " são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação."
Já está mais do que na hora, até mesmo pela trivialidade desse público, de agirmos como pessoas civilizadas que sabem respeitar as diferenças e conviver com elas em harmonia. Uma Professora expressou-se muito bem quando afirmou que "sexualidade não se influi, mas o preconceito sim." É isso mesmo, as pessoas são como são, sofrem algumas adaptações, claro, mas não escolhem fazer parte de grupos já discriminados por natureza. Porém, se a violência que aí está não for contida, se não houver qualquer manifestação de incentivo à paz, à harmonia, à aceitação das pessoas como elas são, estaremos caminhando rumo à intolerância e isso não é, de forma alguma, edificante.
Parabéns Lú!!! Muito bom tbm o tema escolhido. Inclusive hoje estive debatendo esse tema com alguns colegas do inglês, que são professores.
ResponderExcluirInfelizmente é necessário esse tipo de "cartilha" para fazer com que as pessoas entendam princípios básicos da cidadania, que é o respeito ao próximo.
Digo mais, qualquer ação relacionada ao bullying deve ser repelida e punida.
Mas devemos lembrar que educação vem de casa, a escola apenas ajuda. Deve-se ensinar ao pais e familiares também, é um processo que precisa se realizado dentro e fora da escola.
Aguardo mais temas interessantes como esse.
Se Cuida Lú, saudades...